Momentos simples, sem data e nem hora para acontecer...

Quinta-feira à tarde, um sol de rachar e eu ainda insistia em vagar pelas ruas sem nenhum propósito. Foi quando ele passou... do meu lado mesmo sabe? E a gente se olhou. Ele abriu um sorriso pra mim, e eu abri um sorriso pra ele. Não entendi, preferi deixar por ali mesmo.

Seu sorriso por incrível que pareça fez meu dia ficar melhor. E por mais que eu tenha tido outros sorrisos por todo a minha vida, aquele foi o que mais me marcou. Momentos simples, sem data e nem hora pra acontecer, isso que eu procurava a tempos e não encontrava.  E como minha mãe dizia, "Ás vezes acontece coisas boas na nossa vida, quando a gente menos espera", e olhe só, estou aqui sorrindo igual uma boba escrevendo esse texto só por lembrar daquele sorriso.

Sei que talvez não possa encontrá-lo numa outra quinta a tarde novamente. Certas coisas não voltam, por mais que a gente queira. Mas o futuro é incerto, e realmente acontecem coisas boas na nossa vida, quando a gente menos espera.  Nunca duvide disso!

Tirou meu ar!

Veio até mim...
Quem deixou
Me olhar assim?

Não pediu
Minha permissão!


Não pude evitar
Tirou meu ar
Fiquei sem chão...

Amor... encontre seu lugar!



Que o amor encontre seu lugar em nossa vida... e que saibamos reconhecê-lo, preservá-lo, ou deixá-lo morrer, quando for preciso!

Seu olhar

Eu penso o tempo todo
Por que você me deixa
Com a pulga atrás da orelha
Um pé na frente o outro atrás?

E me deixando solta
Mas me prendendo tanto
Que para me ganhar
É só olhar no meu olhar
É só olhar no meu olhar
Seu olhar mergulhar

E me levanto cedo
Te espero acordar
E brindo logo com um beijo
E por que não brindar?

Fazendo brincadeiras
Seu jeito de amar
Que para me hipnotizar
É só olhar no meu olhar
É só olhar no meu olhar
Seu olhar mergulhar

É só olhar no meu olhar!

Meio das palavras!

Eu já quis ser tanta coisa. Eu já quis ser arqueóloga, paleontóloga e me imaginava morando no Egito. Eu já pensei em ser bióloga e daí eu lembrei que tinha que mexer com barata e então eu pulei fora. Eu já quis ser bibliotecária só para estar bem pertinho dos livros, mas daí me lembrei da rinite, da sinusite e da bronquite e essas três não me deixariam trabalhar em paz no setor de raridades. Eu queria ser guitarrista e descobri que não tenho muito habilidade na área. Eu quis ser jornalista e fui lembrada do quão sensível eu sou e do quão triste seria que, em rede nacional, me vissem chorando a cada notícia ruim. Pensei em ser política, alguém sempre me dizia que quando via algo relacionado a política lembrava de mim, mas aí eu fui vendo a realidade que era esse mundo e fiquei muito desanimada. Mas no meio de tanto querer ser acabei aqui, onde sempre gostei de estar, no meio das palavras, e eu sei que com elas eu poderei ser tudo aquilo que sonhei, seja no Egito ou numa biblioteca. As palavras me permitem ser e sonhar!

Deslizes...



Não sei porquê
Insisto tanto em te querer
Se você sempre faz de mim
O que bem quer
Se ao teu lado
Sei tão pouco de você
É pelos outros que eu sei
Quem você é...

Eu sei de tudo
Com quem andas, aonde vais
Mas eu disfarço o meu ciúme
Mesmo assim
Pois aprendi
Que o meu silêncio vale mais
E desse jeito eu vou trazer
Você pra mim...

E como prêmio
Eu recebo o teu abraço
Subornando o meu desejo
Tão antigo
E fecho os olhos
Para todos os teus passos
Me enganando
Só assim somos amigos...

Por quantas vezes
Me dá raiva de querer
Em concordar com tudo
Que você me faz
Já fiz de tudo
Prá tentar te esquecer
Falta coragem prá dizer
Que nunca mais...

Nós somos cúmplices
Nós dois somos culpados
No mesmo instante
Em que teu corpo toca o meu
Já não existe
Nem o certo, nem errado
Só o amor que por encanto
Aconteceu...

E é só assim
Que eu perdôo
Os teus deslizes
E é assim o nosso
Jeito de viver
E em outros braços
Tu resolves tuas crises
Em outras bocas
Não consigo te esquecer
Te esquecer...