Do verbo: se amar e se libertar!

"Muita gente deve ter feito cara feia e pensado affff, olha essa gorda? Deve. Mas eu estava ocupada demais sendo feliz e lipsyncando for my life com minha drag favorita para ligar. 

A gente só se liberta de verdade quando perde o medo do escárnio dos outros. Não é fácil, mas quando a gente consegue é maravilhoso. (...)"

Ouve esse rap: 


Maravilhosooo meeeesmoooo!

Passividade

Ouvir e não ver. Sentir e não ver. Saber e não ver. Sofrer e não ver. Olhar e não ver. Propositalmente não ver.

Não ver o tronco onde permanece amarrado. Não ver a marginalidade onde habita noutras mentes. A inércia onde viaja parado. O redor onde é nada além de pouco. A impotência que defende aos prantos. A soberania do opressor que apoia pelo silêncio. Sua conduta perpetuará sua condição de submisso.

Apesar da facilidade em aprender-se a subserviência e da dificuldade em aprender-se o valor, a oportunidade só seria verdadeiramente aproveitada se o medo e o conformismo não reinassem seu ser. A prática não parece essencial como a teoria. Essencial é comportar-se. Essencial é manter a boa fama e a descrição. A sociabilidade. A normalidade. A passividade.

Afinal, quem quer ser anormal nesse mundo excludente? Ser normal é o preço justo para fazer parte dessa vergonha. Da maioria. E a passividade é seu trunfo e sua algema. Suas asas e sua cela. Sua cocaína.

Rap feito com a maninha: